MP investiga esquema que cobra R$ 8 mil para furar fila do SUS
Um suposto esquema envolvendo médicos e servidores públicos que cobravam de pacientes para furar a fila Sistema Único de Saúde (SUS) entrou na mira do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Paraná nesta segunda-feira (10).
Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, o grupo cobrava entre R$ 2 mil e R$ 8 mil de cada paciente. Um dos alvos da Operação Mustela, deflagrada contra o esquema, foi o gabinete do deputado estadual Ademir Bier (PSD), que não foi reeleito para a próxima legislatura.
Segundo as investigações, pacientes que necessitavam de procedimentos cirúrgicos urgentes faziam contato com um assessor do parlamentar, Paulo de Morais. Conhecido como Paulinho, ele era o responsável por intermediar as conversas com os médicos.
O Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Paraná expediu 12 mandados de prisão temporária e 44 ordens de busca e apreensão.
As ordens de prisão temporária incluem, entre os alvos, dois médicos, assessores, secretárias e intermediadores.
Os mandados de busca são cumpridos em dez cidades do estado: Curitiba, Campo Largo, Marechal Cândido Rondon, Almirante Tamandaré, Campina Grande do Sul, Telêmaco Borba, Bandeirantes, Campo Magro, Colombo e Siqueira Campos.